Qual a diferença entre Empatia, Simpatia e Antipatia?



A empatia é um ato de compreensão do que o outro sente, do que o outro precisa.


Os tempos atuais são marcados por relações cada vez mais fluídas, liquefeitas, onde se tem muita rapidez de informação e conectividade, porém a qualidade dos relacionamentos deixa muito a desejar e esta tem sido queixa comum e que gera muito desgaste e frustração como resultado dessa difícil tarefa que é relacionar-se.
Talvez olhar com um pouco mais de carinho para a forma como nós nos relacionamos e nos comunicamos seja uma saída. Estes três termos, empatia, simpatia e antipatia permeiam as nossas relações e estão interligados o tempo todo. Por isso é importante entender o que significa cada uma dessas três partes, para que depois possamos dar um “norte” para as nossas comunicações.
Em seu livro “Inteligência Emocional”, o psicólogo americano Daniel Goleman conceitua empatia, que vem do grego empathéia, que significa “entrar no sentimento”. A empatia é um ato de compreensão do que o outro sente, do que o outro precisa, sem para isso precisar ter uma “bola de cristal”: apenas saber ler ou escutar as emoções do outro que estão embutidas nos sutis sinais, o jeito que a pessoa fala, sua entonação de voz, seus gestos, sua expressão facial. Os sinais emitidos pelo outro podem nos colocar em pé de compreender suas necessidades e facilitar a nossa aproximação e os nossos relacionamentos. Aliás, o sucesso em qualquer tipo de relacionamento está em saber ler e identificar a linguagem não verbal, seja no trabalho, em casa, na vida amorosa ou com amigos. (Goleman, 2011)
Já a simpatia é algo que sentimos pelo que o outro está vivenciando, mas de uma forma mais superficial, ou seja, sem “calçar os seus sapatos” e, dessa forma, não “sente o que o outro sente”. (Goleman, 2011)
Antipatia é o oposto da empatia. Aquela famosa frase: “Meu santo não bateu com o dele / dela”, exprime bem a antipatia, desenvolvida através de experiencias negativas que ocorreram no passado, que provocam sentimentos de raiva ou aversão à determinadas características das pessoas ou situações. E isso acontece com todos nós, em maior ou menor grau. (Significados Br, 2017)
Podemos ilustrar isso da seguinte forma: uma pessoa caiu em um buraco. O sujeito simpático percebe a cena, entra dentro do buraco e começa a chorar junto com o outro. O sujeito antipático vê a pessoa chorando lá dentro do buraco, mas não presta ajuda: continua andando como se nada estivesse acontecendo e segue seu caminho. O sujeito empático percebe a cena e a necessidade da pessoa que caiu lá dentro e põe um pé na beirada do buraco e estende a mão para a pessoa lá dentro, ajudando a sair dessa situação! (Carraro e Radünz, 1996)
A empatia é alimentada pelo autoconhecimento: quanto mais consciente estivermos acerca de nossas próprias emoções, mais facilmente poderemos entender o sentimento alheio, facilitando dessa forma as nossas relações e a convivência em todas as áreas sociais de nossas vidas. (Goleman, 2011)

E nisso a psicoterapia tem papel fundamental pois nos dá a possibilidade de ter auto entendimento e autoconhecimento das nossas emoções. A psicoterapia nos devolve a pena e nos empodera a continuar como sujeitos de nossa própria história e a escrever a nossa autobiografia de sucesso em nossos relacionamentos e em todas as outras facetas da nossa vida.

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Bibliografia
Goleman, D. 2011. Inteligência Emocional / Recurso Eletrônico. Tradução Marcos Santarrita. Rio de Janeiro. Objetiva.
Site: Significados Br. Recuperado em 02/04/2017 de www.significadosbr.com.br.

Carraro, E.T. & Radünz, V. (1996) A Empatia no Relacionamento Terapêutico: Um Instrumento do Cuidado. Cogitare Enfermagem, Curitiba, v.1 n.2, p. 50-52. 

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