Psicofobia - Um alerta contra o preconceito.





Estava aqui pensando um pouco sobre esse tema e quero expor aqui algumas ideias que tive sobre esse assunto tão vital e que precisa ser discutido. Minha intensão com esse pequeno artigo é o de esclarecer sobre o tema e conscientizar sobre como se configura este tipo peculiar de preconceito.

Se você já disse ou ouviu alguém dizer alguma frase do tipo: "Depressão? Isso é frescura de gente desocupada", "Conviver com você é horrível! Parece louca (o)! Precisa ser internada (o)!", "Seu (sua) retardado (a)! Não sabe fazer nada direito!" ou "Pare de chorar porque você não tem motivos para estar triste!", então você fez ou presenciou um ato de psicofobia. Mas calma! O primeiro passo para a mudança é a conscientização. Vamos entender um pouco mais sobre o que se trata.

Segundo a ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), a psicofobia se configura com atitudes preconceituosas e discriminatórias contra os deficientes e os portadores de doenças mentais. Claro que a psicofobia já existe desde há muitos séculos atrás, basta fazer uma breve visita aos tempos da "Santa Inquisição" e se admirar com a quantidade de homens e mulheres doentes que foram queimados vivos, torturados e encarcerados por serem tidos como "possuídos pelos demônios" ou bruxas e, por isso, deveriam ser afastados ou completamente banidos do convívio social.

Importante saber que a psicofobia é crime. Sob no Nº 74/2014, foi aprovada pela Comissão de Direitos Humanos este projeto de Lei do Senado, para tipificar o crime contra as pessoas com deficiência ou transtorno mental, e prevê pena de 2 a 4 anos de reclusão.

A psicofobia, assim como qualquer outro tipo de preconceito, prejudica e muito a qualidade de vida do portador do transtorno ou deficiência mental, pois impede muitas vezes que esta pessoa tenha convívio social, acesso aos serviços básicos de saúde e contribui para que sua autoestima e dignidade humanas sejam rebaixadas em detrimento do medo e da falta de informação dos "psicofóbicos". A negligência, a ignorância e a solidão levam o portador de transtornos mentais a um estado muito pior do que o próprio transtorno já o coloca.

A mudança de atitude é o primeiro passo para a diminuição da psicofobia. Procurar ouvir a pessoa com transtorno, entender as suas queixas e acolher o seu sofrimento é função não somente do psicólogo (a), mas de todos os que são próximos a tais pessoas. Pesquise, leia, busque conhecimento sobre o assunto. Dessa forma, podemos cobrir de dignidade estas pessoas e ajudar e muito em sua recuperação e bem-estar, promovendo saúde e paz!


Campanha contra a Psicofobia - ABP


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