Toda
nossa vida é pautada por comportamentos que realizamos rotineiramente. Imagine
um dia da semana qualquer: levantamos da cama, tomamos banho, nos arrumamos,
enfrentamos trânsito e um sistema de transporte que não é eficiente, chegamos
no trabalho e passamos um dia inteiro em meio a telefones tocando
insistentemente, prazos de entrega de relatórios, cobranças dos superiores,
clientes reclamando, a impressora que resolveu não funcionar ou o servidor que “caiu”.
Pensamos em um dia da semana, mas dias assim se repetem e muito!
E
nessa rotina tão automática, permeada por um clima muitas vezes tóxico que
envolve o ambiente de trabalho e suas relações que não raro são desgastadas e
frustrantes, temos uma situação ótima para gerar problemas de saúde, estresse e
que de alguma forma podem desencadear males psicológicos e diminuir a qualidade
de vida. A primeira coisa que pensamos é que “toda empresa é igual”, que “isso
não tem solução” ou “a responsabilidade por essas más condições em meu trabalho
não é culpa minha”. Mas você já parou para pensar que pequenas atitudes em
benefício próprio podem quebrar esse ciclo e trazer bem-estar? Do que eu estou
falando? De hábitos, oras!
Hábitos
são comportamentos aprendidos, que surgem de um estimulo externo e terminam em
uma recompensa. Em um cenário tal como imaginamos acima, quais seriam os
possíveis hábitos adotados pelos colaboradores? Chegar sempre atrasado,
procrastinar, adiar a execução das tarefas, desorganização, ingestão de café em
excesso, demasiadas saídas para o “cigarrinho” e assim vai. Claro que há um
conjunto de fatores externos que levam os colaboradores a adotar esses
comportamentos, mas a recompensa buscada é sempre o alívio do estresse ou o
adiamento de situações difíceis de lidar.
Pensar
que o hábito ruim, que aqui vamos chamar de disfuncional, leva esse nome não
por acaso. O hábito é disfuncional a partir do momento que não te ajuda a
resolver o problema! Ao contrário, faz o problema só aumentar e junto com ele a
sua insatisfação, transformando a situação que já é caótica em algo
insuportável. Repensar os hábitos envolve toda uma análise de sua rotina,
buscar alternativas que o ajudem a se organizar para cumprir os prazos, dormir
o suficiente todas as noites, alimentar-se bem, exercício físico, investir
maciçamente em uma comunicação assertiva no dia a dia, não permitir que “redes
sociais” levem embora seu precioso tempo no trabalho. São pequenos gestos que,
se postos em prática, podem conduzir a uma situação ótima para si mesmo e que
ajudarão você a encarar o trabalho com mais prazer.
Nos
preocupamos tanto com o amanhã, por que então não trabalhar hoje por um amanhã
mais satisfatório? Lembre-se que os hábitos que você muda agora podem te trazer
as coisas boas que você tanto almeja! Experiencie as situações de uma forma
mais positiva. Se a situação não permite, tente extrair dela lições para seu
aperfeiçoamento e crescimento. Olha só, mais um hábito bom para incluir em sua
rotina!
Autor: Rodrigo Garcia - Psicólogo Clínico
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