Você dorme bem? Quantas horas de
sono você dorme por dia? No momento em que você acorda, como você se sente:
revigorado e cheio de energia, ou mais cansado do que quando foi se deitar no dia anterior? Pois é, pensar
sobre essas questões podem ser muito úteis quando percebemos que a nossa
produtividade no trabalho não anda lá aquelas coisas. Não só a produtividade,
mas o seu humor e o seu organismo no geral. É sobre isso que esse artigo vai
tratar, de como a qualidade do sono que você tem todas as noites interfere ou
impacta em sua vida.
O sono não é o mesmo para um bebê
e para um adulto. Ao longo dos anos, o sono humano varia ao longo do
desenvolvimento quanto à duração, distribuição de estágios e ritmo circadiano,
havendo uma quantidade maior de sono na infância (que leva em torno de 14 horas
em um recém-nascido), perdendo 30 minutos de sono por ano até os 5 anos. Na
fase adulta, o sono pode variar de acordo com a idade, fatores externos, dor,
uso de medicações, diferentes condições clinicas que podem afetar a qualidade /
quantidade de sono, sendo que os idosos são os mais propensos a essas
condições.
Pensar que a qualidade do sono
impacta não só individualmente, mas na vida de uma forma geral: uma noite mal
dormida (ou não dormida) está entre uma das causas dos acidentes de tráfego ou
industriais, causando grandes custos financeiros e a morte muitas vezes! Por
isso é importante avaliar como estão nossas noites de sono e, ao encontrar
qualquer problema, imediatamente procurar ajuda especializada para o
diagnóstico e tratamento de um possível distúrbio do sono.
Estes distúrbios compreendem
sintomas que afetam a qualidade e duração direta do sono, podendo ocorrer tanto
no início quanto ao acordar, tais como dissonias (relacionados a iniciação,
manutenção do sono, sonolência excessiva, que incluem os distúrbios associados
ao ritmo circadiano: troca do dia pela noite, no caso de trabalhadores com
jornadas de trocas de turno ou mudanças rápida de fuso horário), parassonias
(alterações comportamentais ou fisiológicas que ocorrem em diferentes momentos
do sono e englobam pesadelos, paralisia do sono, bruxismo, entre outros),
alterações relacionadas a situação médico-psiquiatricas, que são os transtornos
do sono associados a doenças mentais (transtornos de humor, ansiedade), além da
insônia que é a dificuldade de iniciar e/ou manter o sono e o sono não
reparador, comprometendo as atividades diárias.
O que ocorre é que na maioria dos
casos, tais transtornos do sono não são detectados pelos profissionais da
saúde, uma vez que não se dá muito valor a esses sintomas por parte mesmo do
próprio paciente, que não coloca esse fato em grau de importância, o que muitas
vezes impede o diagnóstico e tratamento correto destas afecções. As
consequências do não tratamento de tais distúrbios são basicamente as questões
econômicas e de saúde do indivíduo e estão relacionadas, como já vimos, a um
maior número de acidentes de trânsito, bem como absenteísmo e acidentes no trabalho.
Uma noite mal dormida pode
acarretar também em maior incidência de depressão e ansiedade, irritabilidade,
tensão, medo, raiva e instabilidade emocional, que tiram da pessoa sua
qualidade de vida e capacidade de convivência harmônica e tolerância às frustrações.
A falta de sono também pode estar relacionada àquela promoção que não acontece,
à falta de otimismo em relação a carreira, dificuldade de tomar decisões e
lidar com situações estressantes, facilitando desentendimentos e comprometendo,
dessa forma, diretamente na produtividade e em um bom e saudável ambiente de
trabalho.
Portanto, se você estiver
sentindo dificuldade em tomar decisões, a memória falhar em alguns momentos,
irritação ou alteração do humor (ficar muito triste ou agressivo), falta de
desejo sexual, aumento do apetite, ou não conseguir administrar situações de
estresse, procure o quanto antes um profissional da saúde para ser feita uma avaliação e devido tratamento. Para você chegar onde deseja,
sua saúde precisa estar em dia e o sono é um grande indicador de como anda sua
saúde. Não deixe para depois o bem que você pode fazer a si mesmo agora!
Autor: Rodrigo Garcia – Psicólogo
Clinico
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